Os oito indivíduos mais ricos do mundo concentram riqueza equivalente ao patrimônio dos 3,8 bilhões de pessoas que formam a camada mais pobre da população mundial, ou seja, 50% dos habitantes do planeta.
Os dados não surpreendem. É uma tendência progressiva, irrefreável. A cada dois dias surge um bilionário. As fortunas aumentam 2,5 bilhões de dólares por dia.
Os Estados Unidos – referência econômica para alguns – integra a escalada de distorções, registrando uma desigualdade com efeitos devastadores em termos de desenvolvimento social e bem-estar coletivo.
Os dados não surpreendem. É uma tendência progressiva, irrefreável. A cada dois dias surge um bilionário. As fortunas aumentam 2,5 bilhões de dólares por dia.
Os Estados Unidos – referência econômica para alguns – integra a escalada de distorções, registrando uma desigualdade com efeitos devastadores em termos de desenvolvimento social e bem-estar coletivo.
Para além das meras estatísticas sobre o Produto Interno Bruto (PIB), existem hoje nos Estados Unidos 20 milhões de pobres, dos quais 13 milhões em pobreza absoluta e desprovidos de assistência, num empobrecimento brutal e generalizado.
Em vários indicadores de desenvolvimento social os Estados Unidos aparecem em posição desconfortável em relação a outros países considerados ricos – e, às vezes, lado a lado com nações em desenvolvimento.
O relatório mais recente do Programa da ONU para o Desenvolvimento (Pnud) indica que a expectativa de vida dos americanos é de 79,2 anos.
Esse dado coloca o país como o 40º do mundo, atrás de alguns países latino-americanos, como Chile e Costa Rica – uma incrível diferença no bem-estar entre os pobres e os americanos com mais recursos.
Esse dado coloca o país como o 40º do mundo, atrás de alguns países latino-americanos, como Chile e Costa Rica – uma incrível diferença no bem-estar entre os pobres e os americanos com mais recursos.
A expectativa de vida para os homens afro-americanos sem educação superior é equivalente à dos cidadãos do Paquistão, Butão e Mongólia.
Os números sobre mortalidade infantil – número de crianças que morrem por mil nascidos vivos – é outro indicador clássico que coloca os EUA no 44º lugar do mundo, com índices inferiores ao de Cuba, Bósnia e Croácia.
Os números sobre mortalidade infantil – número de crianças que morrem por mil nascidos vivos – é outro indicador clássico que coloca os EUA no 44º lugar do mundo, com índices inferiores ao de Cuba, Bósnia e Croácia.
A taxa de mortalidade infantil entre os afro-americanos é semelhante à de Togo, na África, e da Ilha de Granada, no Caribe. O bem-estar das crianças americanas também é colocado em xeque quando são considerados indicadores de pobreza infantil.
Um estudo do Unicef – que comparou a situação de crianças em 35 países de economia avançada – coloca os Estados Unidos no penúltimo lugar.
O indicador de pobreza infantil relativa, que mede a porcentagem de crianças que vivem em uma família cuja renda – ajustada ao tamanho e à composição da família – é inferior a 50% da renda média nacional, registrou 23,1% das crianças americanas nesta situação.
Desde o início do Século XXI, os Estados Unidos registraram um aumento nos índices de mortalidade materna, cuja taxa passou de 17,5 mortes por mil nascimentos, para 26,5 óbitos com a mesma quantidade de nascimentos
No relatório mais recente da ONU sobre Drogas e Crime, os Estados Unidos aparecem com uma taxa de homicídio de 4,88 óbitos por 100 mil pessoas, o que o coloca o país em 59º lugar no mundo. Esse número contrasta com o de países europeus, como Áustria (0,51), Holanda (0,61), Canadá (1,68) e até a Albânia (2,28) e Bangladesh (2,51).
A gravidez na adolescência é frequentemente associada à vulnerabilidade. Segundo dados do Banco Mundial, os EUA registram uma taxa de 21 nascimentos desse tipo para cada mil mulheres entre 15 e 19 anos de idade – colocando o país no 68º lugar do mundo, mesmo nível de Djibouti, na África, e Aruba, território autônomo neerlandês do Caribe, ao largo da costa da Venezuela.
Os Estados Unidos sediam as melhores universidades do mundo. Mas isso não significa que a formação média dos americanos esteja à altura desses centros de excelência.
No teste sobre a capacidade de leitura, entre aqueles que não haviam terminado o ensino médio, os americanos ficaram entre os cinco países com os piores resultados. Entre aqueles que completaram esse nível de estudos, o país ficou abaixo da média de todos.
No teste sobre a capacidade de leitura, entre aqueles que não haviam terminado o ensino médio, os americanos ficaram entre os cinco países com os piores resultados. Entre aqueles que completaram esse nível de estudos, o país ficou abaixo da média de todos.
Na avaliação das habilidades numéricas, os americanos ficaram consistentemente abaixo da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico nos três níveis educacionais estudados. Além disso, o país ficou na lanterna em dois níveis: entre os que não terminaram o ensino médio e aqueles que concluíram esta etapa.
Na União Europeia, a situação também é ruim, mas se tomada como um conjunto de países é menos grave que a dos Estados Unidos. Tratando-se de desigualdade, as nações europeias têm índices melhores que os EUA, mas socialmente insignificantes.
Desde a metade dos anos 1980, os 10% mais ricos de cada país no mundo capturam uma crescente parte da renda gerada pela economia, enquanto os 10% mais pobres estão perdendo terreno. No Japão, 100 milhões de pessoas se diziam de classe média, mas desde o fim da década de 1990 foi constatado aumento da desigualdade.
Na China, a desigualdade é semelhante à verificada na África do Sul, com os 10% mais ricos ficando com 60% da renda. A Índia acumula diversos bilionários, mas continua sendo o país com mais pobres no mundo.
Não é uma coincidência o aumento da desigualdade no mundo. Ela é uma consequência das políticas do receituário neoliberal, palavra se tornou uma arma retórica, uma ideologia que venera o mercado, desregula economias ao redor do mundo e nos afasta das coisas que nos tornam humanos.