ANTONIO CARLOS LUA
No Brasil, a história do jornal teve início em 13 de maio de 1808 na cidade do Rio de Janeiro, com a chegada da família real portuguesa, que trouxe junto uma imprensa que ganhou o nome de ‘Impressão Régia’, hoje conhecida como Imprensa Nacional.
Em 10 de setembro de 1808 surgiu o ‘Gazeta do Rio de Janeiro’, órgão oficial de comunicação do governo português. Com o jornal, a família real pretendia moldar a opinião pública a seu favor. O veículo divulgava basicamente comunicados oficiais e publicações sobre decisões do Governo. Apesar de publicar também notícias sobre a política internacional, era considerado um veículo parcial, devido ao seu aspecto extremamente oficial.
Foi também em 1808 que Hipólito José da Costa, que se encontrava exilado em Londres, lançou o “Correio Braziliense”, no dia 1º de junho. Produzido em Londres o jornal tinha como objetivo se consolidar como voz da oposição, criticando, entre outras questões, os problemas administrativos.
Mesmo se declarando conservador, o “Correio Braziliense”, por conta de seu conteúdo jornalístico, foi proibido no Brasil. Na época, a ‘Imprensa Régia’ também sofria uma certa censura prévia, tendo todas as suas publicações analisadas por uma comissão. Os assuntos divulgados contra o governo eram vetados.
Em 28 de agosto de 1821 ocorreu a extinção à censura prévia por conta da deliberação das Cortes Constitucionais de Lisboa. Em 1824, com a Promulgação da primeira Constituição do Brasil, surgia a total Liberdade de Imprensa no Brasil.
No entanto, a censura voltaria a atacar a Imprensa muitos séculos depois com a Ditadura Militar de 1964, em especial com a promulgação do Ato Institucional AI-5, de 1968, que estabeleceu censura prévia e perseguiu aos veículos de imprensa contrários ao Governo Militar.
A censura da Ditadura Militar caiu com a promulgação da Constituição Federal de 1988 que mais uma vez definia a total Liberdade de Imprensa no Brasil, surgindo então a evolução tecnológica, em especial da Internet e as redes sociais, que obrigaram os jornais a se adaptar à nova realidade.
Com o tempo, das pedras e tábuas o jornal foi para os papéis de seda escritos à mão, papéis impressos em grande quantidade. Atualmente, eles se transformaram também em jornais online. Ou seja, o jornal continuará sempre vivo não importando a forma como será a sua circulação na sociedade.
Ele continuará sempre presente em nossa rotina, trazendo informações e dados essenciais da realidade em que vivemos, sendo fontes essenciais de debate e questionamento políticos, sociais, econômicos, culturais, buscando, sistematicamente, auxiliar na evolução da sociedade, reverenciando a cada momento histórico as lutas vencidas e aquelas ainda por vencer.
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