Antonio Carlos Lua
O
jornalista norte-americano, Glenn Greenwald – que desde o dia 9 de
junho faz o Brasil ferver com a divulgação, no site ‘The
InterceptBR’, de trechos de conversas no aplicativo de mensagens
Telegram entre membros da Lava Jato, incluindo Sérgio Moro e o
procurador Deltan Dallagnol – já explodiu grandes segredos de
presidentes dos Estados Unidos, incluindo Barack Obama.
Depois
de passar pelo site "Salon" e pelo jornal inglês "The
Guardian", Greenwal – que também é advogado especialista em
Direito Constitucional – criou o site ‘The InterceptBR’. Seu
principal instrumento de trabalho é o computador.
Glenn
Greenwald é o homem a quem, Edward Snowden entregou os documentos da
abismal espionagem estruturada pela NSA através do dispositivo
Prisma com a colaboração das empresas privadas como Google,
Facebook, Yahoo!, Microsoft, entre outras.
Edward
Snowden valeu-se de Greenwald porque respeitava o seu posicionamento
contra a política da indústria norte-americana de espionar a cada
cidadão do mundo. Foi ele que realizou as investigações explosivas
sobre WikiLeaks, Julian Assange, e o soldado Bradley Manning, o
militar que entregou a Assange os arquivos secretos.
Os
drones, a luta contra o terrorismo, a nefasta herança da
administração do ex-presidente norte americano George Busch, as
zonas obscuras da administração de Barack Obama e a espionagem
globalizada montada pelos Estados Unidos a partir do dispositivo
Prisma são temas conhecidos por Glenn Greenwald.
Aqueles
criticam Glenn Greenwald devem
lembrar que a indústria dos
vazamentos é constitutiva da Lava-Jato e como tal é parte dela. Por
tanto, não faz sentido reclamar de tragarem do próprio veneno, pois
ao jornalismo – de qualquer matiz ou vertente – cabe
difundir o que for de interesse público, após exaustiva checagem.
Para
quem difundiu conversas de ministros de Estado e presidente
da República no exercício do
cargo, detalhes de conversas
através de celulares funcionais são o que há de menos
significativo em tudo isso.
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