Por Antonio Carlos Lua
Assédio, pornografia da vingança,
misoginia desenfreada, agressão doméstica, estupro, violências verbais e outros
crimes continuam fazendo parte do espectro da faceta vergonhosa do gênero
masculino, que insiste em impor sua falsa supremacia sobre a mulher.
A Lei do Feminicídio pune, mas não tem
poder de prevenção. Sozinha, ela não consegue reverter engrenagens sociais que
se movem em permanente precarização da vida das mulheres, com a lentidão evolutiva decorrente da falta de percepção dos gestores públicos brasileiros.
Novidades legislativas não possuem
capacidade de se efetivarem se não forem respaldadas por políticas públicas
capazes de garantir uma
ação redutora nas taxas de violência.
A integridade física e moral da mulher
passa pela mudança de postura, de comportamento. Se ficarmos apenas no eixo da
punição não diminuirá nunca este vergonhoso e elevado índice de casos de
violência contra a mulher.
Precisamos atuar na prevenção. Isso
requer investimento na educação e desenvolvimento de programas que atuem na
raiz do problema, dando eco àquilo que a legislação quis produzir.
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