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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Zumbi: símbolo de luta e resistência


Antonio Carlos Lua

O Dia da Consciência Negra, comemorado nesta quarta-feira, 20 de novembro – data da morte em combate de Zumbi dos Palmares – é o momento para rememorar as conquistas, reconhecer os avanços e refletir sobre os desafios e obstáculos ainda a superar na luta por uma sociedade mais equânime, capaz de reconhecer a sua origem e a sua história a partir da herança cultural negra

Herói negro genuinamente brasileiro que teve sua trajetória negligenciada durante muito tempo pela historiografia oficial, Zumbi foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade formada na Serra da Barriga, em Alagoas, que representa um dos mais significativos movimentos de resistência e luta contra a opressão.

Zumbi nasceu com o corpo e o espírito livres da escravidão. Com poucos dias de vida ele é levado por tropas militares após um ataque à sua comunidade. Recém-nascido, Zumbi é entregue a um padre que o batiza com o nome de Francisco. O religioso o educou, o alfabetizou e ensinou-lhe Latim. Considerado muito inteligente pelo padre, o menino torna-se coroinha aos dez anos.

Aos 15 anos de idade Francisco foge para o Quilombo dos Palmares, assumindo o nome africano de Zumbi. Passa então a lutar por liberdade à frente de um exército formado por negros fugidos, índios e brancos pobres. 

Em sua trajetória de lutas está Dandara dos Palmares, sua companheira de vida e de combate na defesa do quilombo. Dandara se tornou ícone da força feminina na resistência contra a escravidão, representando a importância do papel das mulheres na história.

Após décadas de combates e vitórias, o Quilombo dos Palmares foi aniquilado pelo forte armamento de fogo e grande contingente militar. No último confronto, em 20 de novembro de 1695, Zumbi foi morto lutando.

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