Antonio Carlos Lua
As alterações radicais do Código Ambiental são cúmplices das devastadoras catástrofes que afetam hoje regiões com baixo índice de conservação de biomas, onde os eventos climáticos extremos causam inúmeras tragédias anunciadas por cientistas que, desde a década de 1970, alertam que o aquecimento global trará impactos inimagináveis nos seres vivos e no planeta, sendo necessário mudarmos os rumos de uma civilização baseada na queima de combustíveis fósseis e na devastação do meio ambiente.
A ciência e a sabedoria dos povos nos dizem que fenômenos iguais aos que destroem hoje várias regiões do mundo vão se repetir cada vez mais com maior intensidade se não atuarmos decididamente nas causas dos problemas socioambientais, num momento em que vivemos uma realidade escamoteada pela voracidade das demandas de acumulação do capital, que se sustenta na firme e dogmática crença do progresso modernizante no qual plantas e animais são literalmente sacrificados para aumentar a energia para as classes dominantes e impérios. Como disse Gandhi, “a natureza pode suprir todas as necessidades da humanidade, menos a sua ganância”.
Desde a Conferência de Estocolmo, em 1972, a ciência alerta claramente sobre os riscos e os perigos das mudanças climáticas globais que, com a nossa incoerência e arrogância, vem acelerando um processo de destruição incontrolável, atingindo negativamente, de formas variadas, todo o planeta.
Mesmo com os alertas globais, várias décadas se passaram sem que nenhuma medida significativa fosse adotada para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, evidenciando uma sociedade insensível que tenta a todo custo prosperar vilipendiando a natureza e um planeta que tem mais de quatro bilhões de anos.
Com tanto massacre à natureza, que entrou em ebulição e passou a reagir enviando vírus, bactérias, tufões e tempestades rigorosas, a temperatura aumentou, significativamente, trazendo efeitos danosos para o planeta, provocando o colapso da civilização com o homem seguindo o mesmo destino dos dinossauros. Tal afirmativa não se trata de um alarmismo com viés catastrófico-ficcional. O recado da ciência é claro. O mundo que nos acolhe está desmoronando e, talvez, se aproximando de um ponto de ruptura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário